10 coisas que aprendi com o Papa Francisco
- Alexandre Santos
- 14 de mar. de 2023
- 3 min de leitura
Hoje no dia 13 de março de 2023 celebramos os 10 anos do pontificado do Papa Francisco. Como esquecer aquele dia, em que ao escutar os sinos da Catedral de Toulon tocarem, subi correndo para a sala da casa comunitária da Comunidade Recado para ver quem era o novo papa que o Senhor estava nos dado. E como esquecer sua primeira locução onde ele pediu: "Rezem por mim".
Assim, para marcar essa data importante para a nossa Igreja, quero compartilhar com vocês 10 coisas que aprendi com ele, nesses últimos 10 anos.

1 - Pedir orações
O papa Francisco não hesitou sequer um segundo após sua eleição de pedir a oração de toda a Igreja para esse ministério que o Senhor lhe confiava. Nesses anos, ao olhar seu exemplo, aprendi que pedir oração é reconhecer que somos fracos e precisamos que a graça de Deus nos acompanhe.
2 - Somos todos discípulos-missionários
Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos «discípulos» e «missionários», mas sempre que somos «discípulos missionários» (Evangilli Gaudium 120)
Como os discípulos, somos chamados a estar na Escola do Coração de Jesus, é dele que aprendemos. Mas do que vale aprender para guardar somente para si, é preciso compartilhar. Aprender e compartilhar, eis a razão de existir do discípulo-missionário.
3 - A estrutura está a serviço da Evangelização
Ainda na Exortação Apostólica, o papa nos alertou sobre a importância da conversão Pastoral, nos lembrando que muitas vezes a estrutura que criamos tem limitado o anuncio da Boa Nova.
Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objectivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades. (Evangilli Gaudium 33)
Aprender isso ao ler a exortação apostólica me fez abrir os olhos e perceber que não é a estrutura que fazia de mim um missionário, era o meu ser missionario que precisava transformar a estrutura à minha volta.
4 - Não podemos perder a esperança
Na exortação apostólica "Christ Vivit", Francisco falava aos jovens que vivemos em um mundo de crises: crise econômica, existencial, humana... Mas o papa sempre em seus discursos repetiu por diversas vezes o que ele mesmo escreveu na Exortação Evangelli Gaudium: "Não deixem roubarem a sua esperança". Essa frase ressoa dentro de mim em cada momento difícil da vida missionária.
"A nossa esperança não é um conceito, não é um sentimento, ela é uma pessoa: Jesus Cristo" Papa Francisco
5 - A corresponsabilidade
A missão se da em um trabalho mutuo: Padres e leigos. Somos parte de uma mesma família, e o que afirma isso é a graça do nosso batismo.
Tenho aprendido ao ler e escutar o papa que não podemos estar em uma estrutura vertical, onde todas as decisões vem de cima para baixo, e sim horizontal. A responsabilidade missionaria é de todos.
6 - Somos todos irmãos
Na encíclica Fratelli Tutti, Francisco nos apresenta o desejo que como humanidade “possamos reviver em todos a aspiração mundial à fraternidade”
... se quisermos viver a fraternidade, devemos reconhecer a verdade fundamental que Deus é nosso Pai. E se Deus é nosso Pai, somos filhos e filhas, todos, sem distinção, e somos irmãos e irmãs. Essa é a raiz, é a verdade central. É a certeza que fecunda o compromisso, o dom da fraternidade”
Francisco, como você tem nos ensinado a Fraternidade. O cuidado com o outro.
7 - Nosso planeta, nossa casa
Na encíclica Laudato Si, aprendi com o papa Francisco a reconhecer o planeta Terra como nossa casa comum, na qual devemos cuidar e zelar, pois ela é Criação de Deus. Ser cristão é ter responsabilidade ecológica.
8 - Somos uma Igreja Synodal, caminhamos juntos
O papa tem nos relembrados que a nossa Igreja é synodal. Caminhamos juntos, discernimos juntos. Parar para escutar o que o Espirito Santo tem a nos dizer. A synodalidade não é tanto um acontecimento ou um slogan, mas um estilo e uma forma de ser pela qual a Igreja vive a sua missão no mundo.
9 - A escolha preferencial pelos pobres
No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo «Se fez pobre» EG 197
Francisco nos ensina que precisamos ir ao encontro das necessidades dos pobres e cuidar deles de forma integral. O cuidado espiritual deve fazer parte de toda obra caritativa do cristão.
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